Texto e Fotos Felipe de Aviz Batista
No extremo norte do Brasil, um pedaço da floresta amazônica na porção nordeste do Pará e sudoeste do Amapá se apresentou como terreno para mais um desafio à turma do Jeep Clube de Bragança. E, foi pra lá que seguimos embarcados em seis jipes fora de linha, entre os dias 1 e 12 de maio, num percurso por vias federais, estaduais e vicinais tomadas por buracos, erosões, atoleiros e facões, cumprindo mais de dois mil quilômetros para viver a mais longa expedição da Turma: “A Expedição Bragança-Transamazônica-Macapá”.
Acompanhamos alguns dos momentos decisivos da transformação do cenário amazônico com a construção de hidroelétricas, estradas, além de conhecer a rotina de povos amazônicos, operários e militares naquela região.
Com apoio da Rede de Postos Rodoterra em Bragança, jipes tomados por reservas de peças, parafusos e fluidos, além de pás, facas, cintas, cordas, hi-lift, engraxadeira, esteira, solda, esmerilhadeira, prancha, barraca de teto e de camping, reservatório de água; a turma partiu de Bragança-Pará e enveredou pela BR-308 até o km 100, em Santa Maria do Pará onde tomamos a BR-010 até chegar no município de Mãe-do-rio, lá tomamos rodovias estaduais até a cidade de Acará e mais tarde Baião. Dali seguimos por vicinais por entre a mata fechada até chegar em Breu Branco [2º dia].
Até aí a aventura ficava por conta dos buracos gigantescos que empossavam água revelando um dos primeiros desafios a nossa frente, que ainda se somava a um emaranhado de vicinais que exigiam atenção redobrada do comando do comboio para não deixar ninguém se perder. Ainda nessa etapa surgiam os primeiros problemas: a quebra do suporte do amortecedor do Bandeirante do Alexandre e a quebra do rolamento de centro do cardã da Hilux do amigo Gilberto. Problemas que precisaram de uma boa e velha gambiarra com uso de bambú, além de esperar até chegarmos em Breu Branco para execução de reparo.
No translado enfadonho, entre bruracos e a exigência de reparos na bomba injetora da Hilux do amigo Gilberto [3º dia], o comboio seguiu comendo carne assada no cofre do motor, passando pelas cidades de Tucuruí, Novo Repartimento, Pacajá, Anapú, Altamira, Brasil Novo, Uruará, onde as boas impressões ficavam por conta das belas paisagens, a fauna exuberante às margens das estradas e a engenharia de transformação de morros e serras esculpidas pelo homem com uso de dinamites.
Pela Transuruará [6º dia] a turma se aventurava tracionada em 4×4, em companhia de incrédulos, no trecho mais difícil de toda a expedição cumprindo mais de 200km de atoleiros, facões, erosões e alagados, que exigiram esforço do comboio nas tarefas de desatolamento dos jipes. Na chegada a cidade Santarém [7º dia] começava um pit-stop em companhia de valorosos amigos do Jeep Clube Tapajós, tanto para a manutenção de todos os jipes quanto para um tour pela cidade que abriga uma das mais exóticas e belas praias do mundo: Alter do Chão [8º dia].
Na retomada da expedição, dávamos início a uma travessia de balsa pelo rio amazonas para continuar o trajeto por vias de chão batido tomadas por buracos e áreas alagadas até a cidade de Monte Alegre [9º dia]. Em Prainha, à espera de mais uma balsa rumo a Laranjal do Jari, a turma se debruçava sobre uma grande tarefa: [10º dia] a troca de anéis de segmento do motor da Hilux do amigo Gilberto ainda na fila de embarque durante a madrugada.
Já no Estado do Amapá, a caminho de Laranjal do Jari [11º dia], mais um problema era posto ao comboio: a quebra do semi-eixo traseiro do Bandeirante do amigo Alexandre. Dali, o jipe seguiu com apenas três rodas e um tronco de madeira no lugar da quarta roda por cerca de 10km. Por sorte, mesmo a noite ainda contamos com um caminhão plataforma que passava por ali; daí então, o jipe avariado chegava a cidade carregado.
Lá a sorte mais uma vez se mantinha conosco, pois, pudemos contar com oficinas especializadas em reparos desse tipo de peça, permitindo a continuidade da expedição por vias de chão batido e estradas cheias de buracos sem mais problemas até chegarmos em Macapá no décimo segundo dia com recepção dos valorosos companheiros do Jeep Clube de Macapá.
Anotações de viagem
1º dia – pernoite em baião
2º dia – começa a aventura por vias de chão batido, tomada por águas e buracos, num percurso entre baião e breu, e um emaranhado de vicinais que exigiam atenção redobrada do comando do comboio. Aqui surgia o primeiro problema, a quebra do suporte do amortecedor do bandeirante do Alexandre, que precisou esperar até chegarmos em breu para execução de reparo. visita ao lago de tucuruí em breu branco + tucuruí: ( O carro do Gilberto quebrou o rolamento de centro do cardan ainda na estrada que liga Baião ao Breu. O problema foi resolvido em Breu Branco.) e tarde visita a monumental hidroelétrica de tucuruí
3º dia – novo repartimento: reparo da bomba injetora na hilux do gilberto; no morro/ladeira/serra da moça a engenhearia de construção com uso de dinamite da estrada impressionava. Trechos q só 4×4 passava. Em medicilândia rompeu o amortecedor da band do xande;
0trecho enfadonho de breu branco até uruaŕa. Buraco e trânsito de veículos pesados.
a fauna às margens da estrada exuberante
umidade
A presença da força nacional é constante
A travessia do rio de 180m de profundidade perto de belo monte
Fome: assamos carne no motor da band do werismar. Ficou mais de 100km enrrolada em papel aluminio
4º dia – passagem pelas obras de belo monte em altamira
6º dia – rumo a uruará os caminhos foram pela transuruará, num percurso aproximado de 240kma etapa mais difícil do percurso. Atoleiro, facões, erosões, . Branquinho atolou aqui. Todo o percurso foi feito 4×4
7º e 8º dia – santarém. Parada para manutenção das viaturas e passeio em alter do chão
9º dia – monte alegre. Travessia de balsa pelo rio amazonas
10º dia – prainha. À espera de mais uma balsa, parte da equipe se debruça numa operação de troca do anel de segmento do motor da hilux do gilberto durante a madrugada
palafitas
Há 20km de monte dourado, cai a roda da band do xande, rodou 10km com um tronco até receber o socorro de uma plataforma q levou a cidade.
11º dia – laranjal do jari. No início da noite ocorreu a quebra do semi-eixo do bandeirante do Alexandre às proximidades de leranjal. Dali, a viatura seguiu com apenas três rodas e um tronco de madeira no lugar da quarta roda. Por sorte, podemos contar com oficinas especializadas em reparos desse tipo de peça.
Próximo a macapá, arrebenta o terminal de direção da band do aroldo
12º dia – chegada a macapá.
Agradecimentos: transportes irmãos rodrigues, posto rodoterra, RBA afiliada a TV bandeirantes em bragança, jeep clube do tapajós e jeep clube de macapá, em especial ao amigo portela.
Ficou bem na foto.
Marcelo Di Donato
Márcio Ferreira