Um “Cara de Cavalo” imbatível
O Jeep Willys CJ3B 1954 dessa reportagem apresenta um nível tão alto de qualidade em sua restauração, que já recebeu três importantes prêmios em eventos de antigomobilismo. Conheça a história desse “cara-de-cavalo” e seu proprietário, Fernando Cury
Texto e Fotos James Garcia
O verde é uma das cores mais usadas nos Jeep, mas ainda bem quem há quem curta outros tons. O empresário paulistano do ramo alimentício Fernando Cury, 50 anos, é um deles. Cury não é praticante de off-road, mas sim um amante de utilitários da linha Ford/Willys, da qual tem uma Rural Luxo 4×2 1972. “Retirei junto com meu pai ‘zero km’ na concessionária, quando tinha sete anos”, lembrou. Hoje a Rural, que passou pelas talas largas, rádios Tojo e outras modas dos anos 80, está como veio ao mundo e ganhou placa preta. O dono também possui um Jeep Willys 1965. “Queria ter um carro fabricado no ano que nasci”, afirmou.
O CJ3B fazia parte dos planos de Cury. Ele tem uma amiga cujo falecido marido tinha esse carro. “Ele teve filhas mulheres que não se interessaram, mas os sentimentos pela paixão do marido para com o 4×4 dificultaram o desapego ao Jeep”, comentou.
Até que, em novembro de 2010, Cury se encontrou com ela e disse que estava comprando um Jeep. Ela disse: “Você tem tanto carinho pelo Jeep quanto meu marido, fica com ele também?”, contou. Cury negociou o valor e acabou comprando no mesmo dia os dois Jeep, um CJ5 1965 e esse CJ3B 1954.
O Willys estava parado há oito anos num galpão. Ele mandou dar uma geral; trocou o tanque, as bombas, velas, a limpeza de carburador, revisão de freio e pouco depois saiu com ele curtindo, até que em janeiro de 2011, resolveu restaurá-lo. A decisão veio após ver uma edição da 4×4&Cia, onde há dois Jeep CJ3A (amarelo e o vermelho), feitos na oficina Max4.
Cury disse que seu o sonho era montar um carro completo e começou pela restauração do chassi. Ele descobriu uma empresa especializada em construir estruturas e carrocerias para Jeep antigos para que avaliassem as condições do chassi. Como a peça estava cheia de soldas e remendos resolveu repará-la e construir uma lataria nova, mantendo a grade dianteira, o quadro do para-brisa e a tampa traseira. As demais partes de lataria são novas, até os bancos.
O Jeep foi para a Max4. Após a reforma do chassi, restauração das partes e confecção da cabine, a carroceria foi alinhada, montada sob o chassi e pintada.
A escolha da cor foi inusitada. Inicialmente a cor seria verde. “Pedi a opinião da minha esposa e filha, que disseram: ‘outro carro verde? Você já tem dois nessa cor!’, falou.
“Um dia encontrei com a filha do ex dono e contei a ela o dilema. Daí veio a surpresa. Ela disse que o pai se arrependeu de ter pintado de verde, pois ele era vermelho!”.
Pronto, ele voltaria a ter a cor original. O dono foi atrás de catálogos de época e viu que o tal vermelho era um vinho. “Naquele tempo só havia seis cores disponíveis: Gale Gray Poly, Beryl Green, Bristol Red (a cor do Jeep), Artic White, Coronado Sand e Kaven Black.
Aí começaria a novela para elaborar a tinta e chegar ao padrão exato. Foram cinco amostras e diversas opiniões e palpites. Mas a escolha não poderia ter sido melhor.
Toda a parte mecânica, como diferenciais, câmbio, motor, molas, juntas, rolamentos, bomba de água, radiador, foram restaurados com peças adquiridas na Jipebras ou importadas dos Estados Unidos.
Cury ia até Mauá, SP, onde fica a MX4, pelo menos duas vezes por mês, apreciando e tirando fotos de todas as fases. “Falava para o Adilson que não tinha muita graça, pois não podia reclamar, dar palpites e ajudar em nada, pois tudo estava ficando melhor do que eu imaginava”, falou Cury, que apontou sua ansiedade como a parte mais difícil de todo o processo.
O Willys que você vê nas fotos foi finalizado em janeiro de 2013 e Cury ficou feliz com o resultado. O CJ3B é usado para passeios e lazer. “Utilizo meus carros antigos nos dias de rodízio, citou.
Fernando agradece à esposa Denise e a filha Camila, pelo respeito à sua paixão, além do apoio da família. “Meu irmão e minha mãe, me deram um belo presente de aniversário: um jogo de pneus 600×16” militares”. E citou a equipe Max4, que achou excelente. Troque informações e dicas com Fernando Cury, pelo e-mail: fernando@rosima.com.br
Um 54 premiado
O Jeep Willys CJ3B 1954 de Fernando Cury conquistou o sonhado troféu de destaque no III Encontro Brasileiro de Autos Antigos em Águas de Lindoia, que aconteceu em Abril/2016. Já está em seu currículo a premiação no XX Encontro Paulista de Autos Antigos em Campos do Jordão (Abril/2015) e também no XVI Encontro Nacional de Pick-ups, Trucks e Carros Antigos em Águas de São Pedro (Set/2014). Estes 3 prêmios de destaque eram o sonho do proprietário.
O ultimo troféu teve uma característica especial, pois foi entregue para Fernando, por um mito do automobilismo, o Wilsinho Fittipaldi e também elogiado pelo presidente da FIVA (The Federation Internationale des Vehicules Anciens) Sr. Patrick Rollet, que entregou um adesivo para prestigiar o Jeep. Com 99,99% de originalidade, o Jeep conseguiu o reconhecimento e destaque.
Prova do gosto de Fernando por carros mais acessíveis e utilitário, é que em sua garage ainda encontra uma Rural Luxo 1972, que foi buscar “zero” na concessionaria junto com seu falecido pai e também um Jeep CJ5 – 1965 que tem a mesma idade dele. Hoje, Fernando tem até dó de andar com o Jeep, para não sujar e utiliza somente para ir a passeios e encontros, permanecendo em sua garagem, devidamente coberto.
Motor
Hurricane, dianteiro, longitudinal, quatro cilindros em linha
Combustível: gasolina
Potência: 73,97 cavalos a 4.000 rpm
Torque: 15, 8 kgfm a 3.000 rpm
Cilindrada: 2.199,53 cm3
Taxa de compressão: 7,4:1
Diâmetro x curso (mm): 79,37 x 111,12
Direção: mecânica, coroa e pinhão
Transmissão: três marchas à frente, mais ré
Tração: 4×2 com opção para 4×4 e reduzida através de caixa de transferência
Relação de marchas
1ª 3,339:1
2ª 2,551:1
3ª 1,000:1
Ré 3,798:1
Caixa de transmissão múltipla
Normal: 1,00:1
Reduzida: 2,46:1
Relação diferencial: 4,27:1 (4,38:1 opcional)
Suspensão
Dianteira e traseira: eixo rígido, feixe de molas semielípticas e amortecedores telescópicos
Freios
Dianteiro e traseiro: a tambor, hidráulico
Pneus: 600×16, 650×16 e 700×16
Rodas: 16”
Dimensões (mm)
Vão livre: 209
Bitola: 1.249
Travessia de água: 600
Peso em ordem de marcha: 1.096 kg
Tanque de combustível: 39,75 litros
Tanque de combustív
Velocidade máxima: 90 km/h
Consumo: Cidade: 5,5 km/l Off-road: 3,5 km/l
Parabens, capricho e pura paixao, so para quem gosta e pode ter.e so curtir! Aproveite.
Lindo
Velhos tempos!!! Belezura….
Tenho um CJ3 B, 54, já 38 anos!
Olha aí Nilson Pinheiro, será que é do Miguel Saliba?
Meu saudoso pai teve varios destes
Quem me dera ter grana para deixar reformar meu Cara de Cavalo…
Que legal meu amigo que jipe lindo
Sou fã…
Olha jipe foi o primeiro carro que eu diriji pela primeira vez eu não dormi a noite de tanta emoção
Lindo, muito bem feita a restauração. Lá no Ceará meu irmão tem um modelo 1951, o famoso CARA BAIXA.
Meu pai gosta de jeep demais!!esse é ano 59
Lindo jeep tenho um 77
Ae Miltinho vc andava comigo em um desses ele era na cir lilaz
Paulo Jose da Rosa
Pooooxa meuuu so ho de consumooooo
nnnooça
Marcelo Miranda Macedo de Carvalho vai gostar dessa.
Eu vi algumas filmagens antiga desse carro e fiquei extremamente impressionado
Olha Ricardo Jabor, me lembra os que o tio Jorge reformava
Olha que beleza Almir Jabor e Rodolfo Jabôr
Aprendi a dirigir num 1964 4 X 4!
Temos um 1949
Aprendi dirigir carro deste ano 1951
Lindo lindo lindo lindo
EU TIVE UM 51 SDDS
Lindo!!
Gostava mais do 51 capø baixo
Também conhecido como tijolinho, sonho de consumo veio. Rsrsrs muito tri.
Depois do FORD 29 este foi o meu primeiro carro. Levantava de noite para ir ve-lo.
Quando morava no norte do Paraná meu pai tinha um meu sonho e ter outro
Ok
Sidnei Mohr, Luiz Antonio Farias
Muito lindo
Lauro Novis
Muito bonito,
Passear de jipe é muito bom, pena que fiz isso poucas vezes.
Cara,essa restauração é maravilhosa.De doer no coração.Em 74,eu ensinei um padre a dirigir um novinho desses vindo da Alemanha para a paróquia de Mquine´.O nome do padre era Danilo,hoje falecido.Ele não conseguia acelerar.Eu,muito guri,fiquei constrangido em lhe falar desse detalhe.Ele batia arranque e o carro não pegava.Tive,então,uma idéia.Foi lá no povoado do Mundo Novo.Pedi que ele abrisse o capô,e acelerei por fora.o jeep pegou na hora.Em nossa casa depois ele falou pro meu pai que o carro era bom.Mas só pegava se abrisse o capô.
Lindo demais
Muito xique.
Linda! Uma verdadeira maravilha.pode dezer onde desta cor? Gostei estou reformando 1975 estou em dúvida na cor!
Caro Francisco, a cor está descrita na matéria…
Bristol Red – era cor de catálogo de 1954.
Mandei fazer.
Se quiser o catálogo me avisa
Fernando@rosima.com.br
Que lindo!
Perfeito
Lindão
Parabéns Fernando Posta uma foto vc é toda a familia viajando com o JEEP Deve ser um show !!!!! Adoro carros antigos tenho um Primo que tem um FORD 1939 que era do pai dele…….
Muito massa
Esse 54 e sensacional
Sou amante de off road
Esse tá lindo.
Apreendi a dirigir nos anos 70 num 54 assim junto com meu falecido Pai.. . Muitas saudades daquela epoca.. .
Eu tambem em 1961
Iran Cavalcanti Galvao
Gabriel Goulart S. Carvalho
Da cor do meu!
Sera q faz vergonha na rua?
Olha aí Jonatan Fiaminghi